"" Deus é Poderoso

Estudo sobre primeira timóteo


O Apóstolo Paulo é o autor da carta de primeiro Timóteo, carta essa destinada a seu filho na Fé Timóteo. Sua intenção ao escrever está carta era instruir o jovem Timóteo a guardar seu coração puro e cheio de amor e uma Fé pura e não fingida.

Paulo das instruções para que Timóteo exortasse o pecado que havia dentro da igreja em Éfeso como; mentira, roubo, sodomia, fornicações e etc. Missão essa que não seria fácil e só poderia ser executado com a direção do Apóstolo Paulo que foi dada através da carta que escreveu e também através do poder de Deus, por meio do Espirito Santo, para convencer os pecadores e leva-los ao arrependimento.

O livro de 1 Timóteo foi escrito em aproximadamente 62-66 dC.

Mas essa carta do Apóstolo é considera uma Epístola Pastoral, por conter grandes ensinamentos e instruções para Timóteo um jovem líder de sua época. Ensinamentos esses que são seguidos até os dias de hoje pela Igreja de Cristo.

Timóteo 3;1 Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.

Vamos identificar algumas instruções e características    que um Cristão que almeja o oficio Pastoral deve ter;


·        Seja irrepreensível;



Muitas vezes essa palavra é entendida como se o ministro possuísse uma blindagem às críticas, sendo proibido contestar qualquer desvio existente. Entretanto, o que Paulo está falando é que o ministro deve ter um comportamento exemplar, sem que sejam necessárias críticas à sua pessoa.


·        Marido de uma mulher;



Novamente acontece a reafirmação de um ministério masculino, pois esta qualificação é específica do homem, visto que a tradução literal do texto é “Homem de uma só mulher”. Alguns pastores e teólogos defendem que este versículo é uma prova que, para ser pastor, é necessário que o candidato seja casado. Entretanto, vemos aqui que a intenção de Paulo era destacar o casamento monogâmico, visto que naquela cultura eram comuns casos de poligamia e prostituição ritual.


·        Temperante;



Coloca-se aqui o princípio de domínio próprio para o ministro aprovado. 


·        Sóbrio;



É aquele que “é capaz de exercer juízo correto, mesmo em tempos difíceis”. O homem sóbrio evita excessos e pensa com clareza. 


·        Modesto;



Um líder espiritual não deve viver uma vida caótica, mas, sim, de forma ordenada, desde que seu trabalho envolva boa administração, supervisão, organização e prioridades bem estabelecidas.


·        Hospitaleiro



O bispo deve ser hospitaleiro, ou seja, receber bem as pessoas, hospedar missionários itinerantes e receber irmãos que estavam sendo perseguidos por causa do evangelho (At 8.1; Tg 1.1) também estão entre as razões para o ministro ser um bom hospedeiro.


·        Apto para ensinar



O ministro deve conhecer as doutrinas da Bíblia, manejando-a de forma coerente e segura. Ele não precisa saber todas as coisas, mas precisa transmitir convicção doutrinária.


·        Não dado ao vinho



Cultos pagãos eram regados de bebedeira para se alcançar um estado de euforia. Já foi falado que o ministro deve ter uma vida abstinente de bebida quando Paulo declara a necessidade do bispo ser “temperante”. Quando o apóstolo cita que o bispo não deve ser “dado ao vinho”, ele quer instruir todo líder a não ter uma reputação de beberrão, ou seja, a ênfase aqui não é “apenas” na ingestão de bebida, mas àquele que é associado aos beberrões.


·        Não espancador,



O ministro não deve “dar golpes”, ou ser “espancador”. Ele não cogitará resolver problemas usando força e violência esta qualidade diz respeito ao líder que necessita ter consideração, ser gentil, paciente, gracioso e tem facilidade para perdoar falhas alheias. um líder gentil tem a habilidade de lembrar do bem e esquecer do mal. 


·        Não contencioso



“pacífico”, “que reluta em lutar”. Aqui o termo não se refere à violência física, mas a alguém encrenqueiro, que gosta de polemizar. Paulo alerta a igreja de Éfeso com relação aos falsos mestres, pois esses agiam dessa forma. 


·        Não avarento



Essa proibição significa “não amante do dinheiro”. O dinheiro é um dos pontos mais sensíveis do ministro e do cristão em geral. Falsos bispos olhavam o ministério como fonte de lucro


·        Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia.



“presidir”, “ter autoridade sobre”. esposa e filhos, administração do dinheiro, etc. Um bom governante administra todas as áreas da sua casa, inclusive a financeira.


·        Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.


“Neófito” é “recém-plantado”. Logicamente é necessário que o ministro seja convertido. Como em nossos dias o padrão dos cristãos tem se rebaixado continuamente, corre-se o risco da igreja possuir líderes que nem sequer crentes são, pois uma pessoa assídua nas reuniões já é considerada uma pessoa de compromisso e apta para assumir o pastorado na igreja.

A Palavra de Deus exige que o crente seja um homem maduro espiritualmente, possuindo algum tempo de igreja. A Bíblia não estipula tempo para que o membro possa ser uma pessoa madura, visto que o padrão de maturidade num local pode não ser em outro devido ao desenvolvimento espiritual de cada igreja. Sendo assim, aquela que almeja o ministério deve ter maturidade suficiente para liderar a congregação em questão.


·        Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos.


O bom testemunho do pastor é indispensável tanto em sua casa como na igreja. Entretanto, a Escritura afirma que o presbítero deve ter também uma boa reputação na comunidade. As pessoas em volta observam o procedimento dos cristãos, principalmente de seus líderes. Portanto, aquele que almeja ser líder deve ser bem visto pelas pessoas. Isso se aplica a questões morais (fidelidade conjugal, cuidar bem dos filhos, ser educado, etc.)


·        Não de língua dobre,



“não de língua dupla”, “insincero”. Nesta passagem Paulo não está se referindo à fofoca, mas a pessoas que diz uma coisa para uma pessoa e outra diferente para outra para tirar proveito de alguma situação. 


·        Não cobiçosos de torpe ganância.



Neste capítulo, esta orientação é dada aos diáconos, mas os presbíteros também devem possuir essa característica (Tt 1.7). “Cobiçosos de sórdida ganância” significa “ganho desonesto” ou “cobiça pelo dinheiro”.


·        Guardando o mistério da fé numa consciência pura.



A Bíblia por diversas vezes refere-se a doutrina cristã como “mistério”. Normalmente, o Novo Testamento refere-se a alguma verdade divina, que antes estava oculta e agora se tornou revelada usando a palavra “mistério”. O Novo Testamento revela a ação redentora de Cristo, algo que o Antigo Testamento não trazia de forma completa.


Podemos ver 17 exigências, algumas são citadas para os diáconos, mas também servem para quem almeja o oficio pastoral. Assim como Deus é Santo também importa que sua obra seja feita por quem busca a santidade, e busca se desviar do mal.
        
Paulo continua seus conselhos, mostrando a Timóteo como deveria ser comportar diante de alguns irmãos da igreja, conselhos esses que devem ser seguidos por quem almeja o oficio pastoral.


·        NÃO repreendas asperamente o ancião, mas admoesta-o como a pai;



A advertência não repreenda asperamente não se relaciona com os ministros ordenados na igreja, "não com os 'anciãos' no sentido eclesiástico, mas com os homens mais velhos na comunidade cristã". Devia tratar com mansidão e amor os idosos


·        Aos moços como a irmãos;



Tratar os moços como a um irmão de sangue


·        As mulheres idosas, como a mães,



Tratar as mulheres idosas como suas próprias mães.


·        Às moças, como a irmãs, em toda a pureza.



Tratar as moças com toda pureza e como sendo sua irmã


·        Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas.



Paulo destaca dois tipos de viúvas: as que não tinham família e eram reconhecidas por verdadeiras viúvas na qual necessitavam da ajuda da igreja e as que tinham família, que por mais que fossem viúvas, tinham sua família para poder ajudá-las em suas necessidades.

Mas as viúvas verdadeiras que não possuía família para socorrê-las deveriam esperar em Deus, dedicando sua vida a orações e as suplicas a Deus dia e noite.
        
Mas a viúva que deixasse de lado as coisas de Deus para viver segundo os desejos de sua carne, mesmo estando viva, estaria morta espiritualmente.


Paulo direciona Timóteo como ele deveria se comportar e a exigência para ser um líder e cumprir bem o oficia pastoral.
A carta de primeiro Timóteo encerra com Paulo motivando Timóteo e aconselhando ele desviar-se do mal e a perseverar na Fé.

“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.” (1 Timóteo 6;11)


Estudo Sobre o período Intertestamentário

PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO


Também chamado de período helênico da religião judaica. Diversas idéias e atitudes surgiram no judaísmo do período intertestamentário que influenciaram profundamente a era apostólica, isto é, Jesus, os apóstolos e os escritores do Novo Testamento.


A idéia de Deus.


Deus se torna cada vez mais transcendental e, por isso mesmo, mais universal. Qualquer deus que se torne absolutamente transcendental e absolutamente universal tem de perder inúmeros traços concretos que os deuses das nações possuem. Por essa razão começaram a ser usados nomes capazes de preservar certa medida de concretitude da divindade, como o “céu”. Um exemplo disso no Novo Testamento é o uso do termo “reino dos céus” em lugar de “reino de Deus”.

Essa tendência abstrata sofria duas influências: proibição do uso do nome de Deus e a luta contra os antropomorfismos. Como conseqüência, desaparecem as paixões do Deus do Antigo Testamento e a unidade abstrata é ressaltada. Os filósofos gregos, que haviam desenvolvido a mesma abstração radical a respeito de Deus, e os universalistas judeus uniam-se nessa idéia de Deus. Essa tarefa unificadora foi realiza particularmente por Filon de Alexandria.


O Surgimento de Seres Mediadores.


Quando Deus fica abstrato, contudo, não basta a hipostatização de algumas de suas qualidades, como céu, altura, glória, etc. Começaram a aparecer seres mediadores entre Deus e os homens. No período intertestamentário, esses seres tornaram-se cada vez mais importantes para a piedade pessoal.

Em primeiro lugar, vieram os anjos, deuses e deusas deteriorados do paganismo de então. Quando o perigo do politeísmo não mais existia, como no judaísmo posterior, os anjos podiam reaparecer sem qualquer ameaça. Mesmo assim, no entanto, o Novo Testamento tem consciência do problema e adverte contra o culto aos anjos.


A idéia do Messias. (termos que vão se referir a Cristo ou Messias)


O Messias tornara-se um ser transcendental, o rei do paraíso. No livro de Daniel, dependente da religião persa, o Messias é também chamado de “Filho do homem” destinado a julgar o mundo. Nesse livro, o termo refere-se a Israel, mais tarde veio a representar a figura do “homem vindo de cima” (Cl 1.15).


Os nomes de Deus. (Prologo de João é isso)


Aumentam e se tornam quase pessoas vivas. A mais importante dessas personificações é a Sabedoria de Deus, já presente no Antigo Testamento. A sabedoria criara o mundo, aparecera nele, e retornara ao céu por não ter encontrado onde habitar entre os homens. O prólogo do quarto Evangelho desenvolve idéia semelhante.





O Shekinah. (tornou-se forte com a adoração dos santos padres)


Representava outro desses poderes entre Deus e os seres humanos, significando a habitação de Deus na terra. Lembremo-nos de me,mra, a Palavra de Deus, que se tornou decisiva no quarto Evangelho. A importância do Lo,goj aumentava por reunir a me,mra judaica com o lo,goj filosófico dos gregos.

Em Filon, esse Logos é o protogenh,j u`io,j qeou, (o filho de Deus unigênito). Esses seres mediadores entre o Deus altíssimo e os seres humanos substituíam até certo ponto o caráter imediato das relações com Deus. Como no cristianismo, principalmente católico romano, a idéia de um Deus transcendente tornava-se aceitável à mentalidade popular graças à introdução dos santos na piedade popular prática.


Os demônios.(domínio de oposição a Deus)


Entre Deus e os seres humanos surge um outro mundo de seres poderosos, os demônios. Haviam anjos bons e maus. Os anjos maus não eram apenas agentes de tentação e castigo sob a direção de Deus, mas também um domínio de poder em oposição a Deus. A conversa de Jesus com os fariseus sobre o poder divino e o poder demoníaco em relação ao exorcismo deixa entrever claramente essa idéia.

A crença nos demônios permeava a vida cotidiana daquele tempo e era objeto da mais alta especulação. Embora se possa perceber certo dualismo nessas idéias, jamais chegou à condição de dualismo ontológico. Não se caiu desse dualismo ontológico, mesmo com a introdução de idéias procedentes da Pérsia, por meio do judaísmo, incluindo-se a demonologia da religião persa, na qual os demônios têm o mesmo status dos deuses. Todos os poderes diabólicos derivam seu poder de Deus, não se mantêm por si mesmos. Assim, os anjos maus foram criados bons, mas depois da queda tornaram-se maus e por isso são responsáveis e sujeitos ao castigo. Não foram criados por algum ser antidivino. Estamos, pois, diante do primeiro dogma antipagão.


 A elevação do futuro


No período apocalíptico posterior da história judaica, a história mundial se dividia em duas épocas: 1) a;ion ou´´´-toj, a era na qual estamos vivendo; 2) a;ion me,llwn, a esperada era vindoura. A presente época era considerada muito pessimisticamente, enquanto se esperava a era vindoura com êxtase.

A era vindoura não se identificava apenas com certas idéias políticas, ultrapassava, por exemplo, as esperanças políticas dos macabeus. Não se limitava a repetir a mensagem profética; a mensagem profética era muito mais histórica e intramundana. As idéias apocalípticas eram cosmológicas. O cosmos todo participava nesses dois a;eonj.

A Era atual era controlada por forças demoníacas, o mundo e até mesmo a natureza envelheciam e passavam. Em parte era porque os seres humanos haviam se submetido às forças demoníacas e desobedeceram a lei. A queda de Adão produzira o destino universal da morte. A queda era confirmada por todos os indivíduos por meio de seu pecado pessoal. O nosso tempo estava marcado por destino trágico, não obstante a responsabilidade dos indivíduos por ele.


A piedade da lei acima da piedade do culto.


A sinagoga se desenvolve ao lado do templo numa espécie de escola religiosa. Passa a ser a forma determinante do desenvolvimento da vida religiosa. Não se considerava a lei negativamente como estamos acostumados a fazer hoje em dia; para os judeus ela era uma dádiva e uma alegria. A lei era eterna, presente constantemente em Deus e pré-existente da mesma forma como, na teologia cristã, Jesus seria pré-existente. Os conteúdos da lei tinham haver com a organização total da vida, relacionando-se até mesmo com minúcias, neste detalhe, todos os momentos da vida submetiam-se a Deus.

Era essa a idéia profunda do legalismo dos fariseus que Jesus atacou com tanto vigor. É que esse legalismo acabava se transformando em insuportável fardo. Há sempre duas possibilidades na vida religiosa quando ela impinge sobre o pensamento e a ação fardos intoleráveis: Um “ajeitamento”, seguido pela maioria, neste caso, procura-se reduzir o peso do fardo de modo a ficar mais leve; O caminho do desespero, seguido por Paulo, Agostinho e Lutero. Em IV Esdras há a seguinte passagem: “Nós que recebemos a lei nos perderemos por causa de nossos pecados, mas a lei jamais se perderá”. Esse versículo expressa a mesma atitude presente nos escritos de Paulo e dominante no judaísmo do período entre os Testamentos. Muitas dessas idéias marcaram o Novo Testamento.


A CONTROVÉRSIA SOBRE AS DUAS NATUREZAS DE CRISTO

Estudo Bíblico sobre as duas naturezas de Jesus Cristo


O Eutiquianismo.


É a quarta e última das heresias antigas concernentes à pessoa de Jesus Cristo: Ário negava a verdadeira deidade; Apolinário negava sua plena humanidade; Nestório dividiu Jesus em duas pessoas: Deus, o Verbo e Jesus, o homem; Êutico foi acusado de confundir suas duas naturezas (deidade e humanidade) em uma e criar uma mistura. Se tinta amarela é misturada com azul, o resultado é verde, que não é uma nem outra; Se um cavalo é cruzado com um asno, o resultado é uma mula, que não é um nem outro; Assim também, Êutico foi acusado de fazer de Jesus Cristo uma mistura de deidade e humanidade, um tertium bocado, ou “uma terceira coisa”, que não é nem Deus nem homem, mas um tipo híbrido.

Êutico era um ancião e monge altamente respeitado em Constaninopla. Em 448 ele foi acusado de heresia e o bispo Flaviano, foi forçado a colocá-lo em julgamento. O resultado foi sua condenação por confundir as duas naturezas de Jesus Cristo, embora tenha sido argumentado que era o próprio Êutico que estava confuso e atrapalhado, ao invés de obstinadamente herético.


O ataque de Leão, o Grande.


Leão foi bispo de Roma de 440 a 461 e foi um dos maiores papas, ele é freqüentemente chamado de “Leão, o Grande”. Era uma pessoa formidável. Em 462 persuadiu pessoalmente Átila, o Huno, a desistir de atacar Roma, conseguiu restringir a destruição e a matança. É famoso especialmente pelo seu ensino sobre a pessoa de Jesus Cristo e o papado romano.

O ensino de Leão sobre Cristo reúne o ensino ocidental sobre Cristologia da sua época. Sua compreensão da pessoa de Jesus Cristo é baseada na salvação. Para nos salvar, Jesus Cristo precisava ser tanto Deus como homem. Sua humanidade precisava ser “completa naquilo que pertence a nós”, embora sem pecado. Segue portanto que ele tem duas naturezas deidade e humanidade. Contra Êutico, Leão enfatizou que “cada natureza retém suas próprias propriedades sem prejuízo”: Jesus sentiu fome e todavia alimentou cinco mil; aquele era humano, este o divino; Como homem pranteou por seu amigo Lázaro, como Deus ressuscitou dos mortos. Ele é uma pessoa, mas isto não deve ser mal interpretado de tal modo a confundir a distinção entre as naturezas, não deve haver nenhum terceiro bocado. Foi o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, que nasceu de Maria: “O impassível Deus não desprezou o tornar-se homem passível”.


O Concílio de Calcedônia.





Foi convocado pelo Imperador Marciano para resolver o caso de Êutico, que já havia sido condenado por Leão. O Concílio reuniu-se em Calcedônia em outubro de 451. Foi visto como o quarto dos concílios gerais ecumênicos.

O Concílio restaurou aqueles bispos antioquianos condenados no “Sínodo de Ladrão” em Éfeso (449). Êutico e Dióscoro de Alexandria foram depostos. Os credos dos Concílios de Nicéia e Constantinopla, das duas cartas de Cirilo (uma das quais incluía a Fórmula da Conciliação) e o Volume  de Leão foram todos lidos e aprovados. Os bispos queriam parar por aqui, mas o imperador estava determinado a ter uma confissão de fé para unir o império, assim nasceu a Definição Calcedoniana.

A Definição Calcedoniana cita os Credos de Nicéia e de Constantinopla. Estes deveriam ter sido suficientes para o estabelecimento da ortodoxia, mas infelizmente o ensino de Nestório e o de Êutico mostrou que mais era necessário. Duas cartas de Cirilo foram recebidas como uma refutação ao nestorianismo, e o Volume de Leão foi recebido como antídoto para o eutiquianismo. A seção chave reza:

[O Sínodo] opõe-se àqueles que fendem o mistério da encarnação em uma dualidade de Filhos; ele expulsa do sacerdócio aqueles que ousam dizer que a Divindade do Unigênito é passível/capaz de sofrer; ele resiste àqueles que imaginam uma mistura ou confusão das duas naturezas de Cristo; ele impede aqueles que supõem que a “forma de um servo” que ele tomou de nós era uma substância celestial ou alguma outra; e ele anatematiza aqueles que imaginam que o Senhor tinha duas naturezas antes de sua união, mas depois apenas uma.
Seguindo os santos pais, nós confessamos com uma voz que o único Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, é perfeito em Divindade e perfeito em humanidade, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, que ele tem uma alma racional e um corpo. Ele é de uma substância com o Pai como Deus, ele é também de uma substância conosco como homem. Ele é como nós em todas as coisas exceto no pecado. Ele foi gerado de seu Pai antes de todas as eras como Deus, mas nestes últimos dias e para nossa salvação, ele nasceu de Maria a virgem, a theotokos, como homem. Este um e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito é feito conhecido em duas naturezas sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação. A distinção das naturezas é de forma alguma removida por sua união, mas as propriedades distintivas de cada natureza são preservadas unidas em uma pessoa e em uma hipóstase. Elas não são separadas nem dividas em duas pessoas, mas elas formam um e o mesmo Filho, Unigênito, Deus, Verbo, Senhor Jesus Cristo, assim como os profetas de outrora têm falado a respeito dele e como o próprio Senhor Jesus Cristo tem nos ensinado e como o credo dos pais nos tem entregue.

Calcedônia não estabelece uma cristologia normativa, ela fixa os limites dentro dos quais uma cristologia ortodoxa deve permanecer. A Definição apresenta quatro pontos em oposição às quatro heresias antigas: Em Jesus Cristo, verdadeira deidade (contra Ário) e plena humanidade (contra Apolinário) são indivisivelmente unidas em uma pessoa (contra Nestório), sem ser confundidas (contra Êutico). Seu ensino pode ser resumido na frase “uma pessoa em duas naturezas”.

Qual a diferença entre “pessoa” e “natureza”? Os dois termos podem ser melhor considerados conforme as respostas a duas questões diferentes: a) Quem foi Jesus Cristo? A única pessoa de Deus, o Verbo, feito carne; O que ele foi? Verdadeiramente divino e verdadeiramente humano (duas naturezas). Expressando de outro modo, havia em Jesus Cristo apenas um “eu”, apenas um “sujeito” de tudo que ele experimentou. O único sujeito ou pessoa é Deus, o Verbo, não há mais ninguém (outra “pessoa”) que foi o humano Jesus. O Verbo permaneceu Deus, com nenhuma redução de sua deidade ou natureza divina, e todavia ele também assumiu tudo que pertence a humanidade ou natureza humana. A Definição foi aceita totalmente pelo ocidente; O Egito e outras áreas nunca aceitaram Calcedônia até os dias de hoje.




Avanço do Cristianismo

Avanço do Cristianismo ao Leste Além dos Limites do Império Romano.






A tradição indica que Tomé foi aos Partos e a Índia; Mateus a Etiópia; Bartolomeu a  Índia e André aos citos.

Edessa estava localizada nas grandes rotas comerciais que corriam entre as montanhas   da Armênia ao norte e os desertos da Síria ao sul. Até o fim do II século estava fora do   império romano e dentro da esfera da influência dos Partos. A sucessão de bispos   remonta a fins do II século. Embora centro de cultura grega, o cristianismo de Edessa   era siríaco. No início do III século poucas cidades continham mais crentes que Edessa. Até o fim do século parece que ela estava predominantemente cristã. Edessa parece ter    sido o ponto donde o evangelho penetrou mais na Mesopotâmia e até os limites da  Pérsia.

As antigas religiões da Babilônia e da Assíria estavam em desintegração e não ofereceram muita oposição ao cristianismo. A oposição surgiu principalmente do   zoroastrismo que mais tarde se tornou a religião do Estado persa (meados do III século).
                
Os primeiros convertidos aparecem cerca de 100 a.D. Até o fim do primeiro quartel do III século havia mais de 20 dioceses na Mesopotâmia.

No leste o cristianismo não só não teve os mesmos êxitos que conseguiu no império, como também eventualmente quase desapareceu. Isto possivelmente se deva a três   razões: A política religiosa dos Sassanidas (dinastia persa) que favoreceu o zoroastrismo.
                 
A forte hierarquia de este com o apoio da monarquia levantou uma forte resistência ao  cristianismo. Também o próprio êxito do cristianismo no império, após sua adoção por    Constantino, o tornou a religião do inimigo principal dos persas. E por último, a forma    herética em que o cristianismo foi pregado.


A ERA SOMBRIA


A última geração do primeiro século, a que vai do ano 60 ao 100 AD, chamamos de "Era Sombria", em razão de as trevas da perseguição estarem sobre a igreja, e a falha de muitas informações sobre este período.

                         

                        Razões das Perseguições da Igreja


Ao longo dos primeiros três séculos do cristianismo havia tanto competição entre as     religiões como o espírito de tolerância. Embora nunca tomaram recursos de armas para    se defenderem, os cristãos foram o único elemento social perseguido por período   prolongado

A falta de participar em festas e ritos idolatras dos templos bem como sua hostilidade a    outras religiões levou o mundo da época consideram os cristãos de ateus e inimigos dos  deuses. Também os cristãos passaram a se reunir de noite e em segredo e começaram a   mostrar afeição uns pelos outros. Ao mesmo tempo celebravam a ceia do Senhor (comer  o sangue e o corpo de Jesus) deu margem às acusações de antropofagia ou canibalismo.

Assim durante década foi lhes atribuído as seguintes acusações: ateísmo, licenciosidade e  canibalismo.

O cristianismo chocou as sensibilidades dos filósofos e mais educados justamente pelo   entusiasmo de seus adeptos. Pior, entraram em conflito com os vendedores de ídolos e    os comerciantes da idolatria. Trouxe assim contra eles a má vontade duma classe    poderosa.
O Paganismo em suas práticas aceitava as novas formas e objetos de adoração que iam surgindo, enquanto o Cristianismo rejeitava qualquer forma ou objeto de adoração.
A adoração aos ídolos estava entrelaçada com todos os aspectos da vida. As imagens eram encontradas em todos os lares, e até em cerimônias cívicas, para serem adoradas. Os cristãos, é claro, não participavam dessas formas de adoração. Por essa razão o povo considera os cristãos como " Anti-social e ateus que não tinham deuses.
A adoração ao Imperador era considerada como prova de lealdade. Havia estátuas dos imperadores reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Os cristãos recusavam-se a prestar tal adoração.
As reuniões secretas dos cristãos despertaram suspeitas. De praticarem atos imorais e criminosos, durante a celebração da Santa Ceia, eram vetada a entrada dos estranhos.
O Cristianismo considerava todos os homens iguais. Não havia distinção entre seus membros, nem em suas reuniões, por isso foram considerados como " niveladores da sociedade ", portanto anarquistas, perturbadores da ordem social.

Perseguição sob Nero


Nero chegou ao poder em 54, todos os que se opunham à sua vontade, ou morriam ou recebiam ordens de se suicidar.


Assim estavam as coisas quando em 64 AD aconteceu o incêndio em Roma. Diz-se que foi Nero, quem ateou fogo à cidade, Contudo essa acusação ainda é discutível. Entretanto a opinião pública responsabilizou Nero por esse crime. Afim de escapar dessa responsabilidade, Nero apontou os cristãos como culpados do incêndio de Roma, e moveu contra eles tremenda perseguição. O fogo durou seis dias e sete noites e depois voltou a se acender em diversos lugares por mais três dias.
- Milhares de cristãos foram torturados e mortos.
- Muitos serviram de iluminação para a cidade, amarrados em postes e ateado fogo.
- Muito foram vestidos com peles de animais e jogados para os cães.
- Nesta época morreram :
- Pedro - Crucificado em 67
- Paulo - Decapitado em 68
- Tiago - Apedrejado depois de ser jogado do alto do templo
Além de matá-los fê-los servir de diversão para o público.


A Perseguição sob Domiciano
No ano 81 Domiciano sucedeu ao imperador Tito que invadira destruíra Jerusalém no ano 70. Com a destruição de Jerusalém Domiciano ordenou que todos os judeus deviam enviar à Roma as ofertas anuais, que eram enviadas a Jerusalém, estes, por sua vez não obedeceram, o que desencadeou a segunda perseguição, não somente aos judeus mas também aos cristãos.
Durante esses dias milhares de cristão foram mortos, especialmente em Roma e em toda a Itália. Nesta época o apóstolo João, que vivia em Éfeso, foi preso e exilado na ilha de Patmos, foi quando recebeu a revelação do Apocalipse.

Promoveu uma perseguição muito severa em Roma e na Ásia   Menor, as duas onde o cristianismo parece ter se expandido mais até então. Esta    perseguição parece ter acontecido um pouco antes da sua morte. Envolveu a morte do cônsul Flávio Clemente e sua esposa Flávia Domitila.

Você sabe o que é teologia bíblia?


Veja o vídeo e aprenda





Estudo Sobre a revelação de Deus

 A revelação de Deus


A revelação, no seu sentido bíblico, é o ato pelo qual Deus se faz conhecer ao homem: Sua pessoa, Sua natureza, Sua palavra, Sua vontade e Seus preceitos.

O Deus de poder e de amor deseja ser conhecido e amado por suas criaturas.
“Sendo os seres humanos finitos, e Deus, infinito, não podemos conhecer a Deus nem ter comunhão com ele, a menos que ele se revele para nós”.

A) Revelação geral ou universal de Deus


1. A revelação de Deus na natureza (Rm 1:19-21; Sl 19:1-5; At 14:15-17). Esta revelação de Deus, através da natureza, faz com que as pessoas cheguem a conclusão de que existe um Criador, mas não revela quem ele é.

2. A voz de Deus dentro da consciência (Rm 2:14-16).


“Ora, a lei interna que o descrente possui exerce a mesma função que a lei no judeu. Pela revelação na natureza (Rm 1), a pessoa deve concluir que existe um Deus eterno poderoso. E da revelação interna (Rm 2), ela deveria tomar consciência de que não se consegue viver de acordo com o padrão. O conteúdo do código moral aceito varia em cada situação cultural. 

Todas as pessoas, no entanto, têm uma compulsão interior que lhes diz que existe alguma coisa a que devem fidelidade e deviam chegar à conclusão de que não estão alcançando esse padrão. Em outras palavras, o conhecimento de Deus que todos os homens possuem, caso não o suprimam, deve levá-los à conclusão de que são culpados no relacionamento com Deus”



A insuficiência da revelação geral para a salvação:


Ø A revelação geral só nos diz que existe um deus, que ele é criador e todo-poderoso e que o homem é pecador – não consegue viver à luz que tem. A sua consciência o acusa. Somos todos indesculpáveis; os que ouviram o evangelho e os que nunca ouviram – Rm 1:20.
Ø É por isso que todos os povos de toda a terra têm algum sistema de religião que busca conhecer este ser superior e aplacar a sua ira. Muitos se voltam para a idolatria, a adoração dos espíritos, deuses falsos, falsos profetas, as numerosas religiões desse mundo e até para si mesmos, procurando a salvação (Rm 1:21-25).
Ø A consciência que existe no ser humano não é perfeita; é falha e pode ser suprimida ou atenuada por causa da queda do homem, a entrada do pecado no mundo e a distorção da imagem de Deus no homem. A natureza também foi corrompida pelo pecado.

Ø A revelação geral não é suficiente para nos conduzir à salvação. Crença em um deus e sinceridade não são suficientes à salvação.
Ø Só o arrependimento, fé em Jesus Cristo e na sua obra de redenção (morte na cruz pelos nossos pecados) e entrega a ele pode nos proporcionar a salvação.
Ø Rm. 3:23; 6:23; 10:14-17; At 4:12; Jo 14:6.
Ø A responsabilidade aumenta com o aumento do conhecimento – Lc 11:31-32; Mt 11:20-24; 10:14-15; Lc 12:47-48.
Ø A condição desesperadora daqueles que estão sem o evangelho deve nos despertar à missão de levar o evangelho a todos os povos.
Ø O castigo que Deus traz sobre todos os que não crêem (com o sem o conhecimento da revelação especial) é justa, pois todos pecaram e vivem sob a condenação do pecado. A salvação é um ato da misericórdia de Deus, não da sua justiça.



Estudo sobre primeira timóteo

O Apóstolo Paulo é o autor da carta de primeiro Timóteo, carta essa destinada a seu filho na Fé Timóteo. Sua intenção ao escrever está ...