Avanço do Cristianismo ao
Leste Além dos Limites do Império Romano.
A tradição indica que Tomé foi aos Partos e a Índia;
Mateus a Etiópia; Bartolomeu a Índia e
André aos citos.
Edessa estava localizada nas
grandes rotas comerciais que corriam entre as montanhas da Armênia ao norte e os desertos da Síria
ao sul. Até o fim do II século estava fora do
império romano e dentro da esfera da influência dos Partos. A sucessão
de bispos remonta a fins do II século.
Embora centro de cultura grega, o cristianismo de Edessa era siríaco. No início do III século poucas
cidades continham mais crentes que Edessa. Até o fim do século parece que ela
estava predominantemente cristã. Edessa parece ter sido o ponto donde o evangelho penetrou
mais na Mesopotâmia e até os limites da
Pérsia.
As antigas religiões da Babilônia e da Assíria
estavam em desintegração e não ofereceram muita oposição ao cristianismo. A
oposição surgiu principalmente do zoroastrismo
que mais tarde se tornou a religião do Estado persa (meados do III século).
Os primeiros convertidos
aparecem cerca de 100 a.D. Até o fim do primeiro quartel do III século havia
mais de 20 dioceses na Mesopotâmia.
No leste o cristianismo não
só não teve os mesmos êxitos que conseguiu no império, como também
eventualmente quase desapareceu. Isto possivelmente se deva a três razões: A política religiosa dos Sassanidas
(dinastia persa) que favoreceu o zoroastrismo.
A forte hierarquia de este
com o apoio da monarquia levantou uma forte resistência ao cristianismo. Também o próprio êxito do
cristianismo no império, após sua adoção por
Constantino, o tornou a religião do inimigo principal dos persas. E por
último, a forma herética em que o
cristianismo foi pregado.
A ERA SOMBRIA
A última
geração do primeiro século, a que vai do ano 60 ao 100 AD, chamamos de "Era
Sombria", em razão de as trevas da perseguição estarem sobre a igreja,
e a falha de muitas informações sobre este período.
Razões das Perseguições da Igreja
Ao longo dos primeiros três séculos do cristianismo
havia tanto competição entre as
religiões como o espírito de tolerância. Embora nunca tomaram recursos
de armas para se defenderem, os
cristãos foram o único elemento social perseguido por período prolongado
A falta de participar em
festas e ritos idolatras dos templos bem como sua hostilidade a outras religiões levou o mundo da época consideram
os cristãos de ateus e inimigos dos
deuses. Também os cristãos passaram a se reunir de noite e em segredo e
começaram a mostrar afeição uns pelos
outros. Ao mesmo tempo celebravam a ceia do Senhor (comer o sangue e o corpo de Jesus) deu margem às
acusações de antropofagia ou canibalismo.
Assim durante década foi lhes atribuído as seguintes
acusações: ateísmo, licenciosidade e
canibalismo.
O cristianismo chocou as
sensibilidades dos filósofos e mais educados justamente pelo entusiasmo de seus adeptos. Pior, entraram
em conflito com os vendedores de ídolos e
os comerciantes da idolatria. Trouxe assim contra eles a má vontade duma
classe poderosa.
O Paganismo
em suas práticas aceitava as novas formas e objetos de adoração que iam
surgindo, enquanto o Cristianismo rejeitava qualquer forma ou objeto de
adoração.
A adoração
aos ídolos estava entrelaçada com todos os aspectos da vida. As imagens eram
encontradas em todos os lares, e até em cerimônias cívicas, para serem
adoradas. Os cristãos, é claro, não participavam dessas formas de adoração. Por
essa razão o povo considera os cristãos como " Anti-social e ateus que não
tinham deuses.
A adoração ao
Imperador era considerada como prova de lealdade. Havia estátuas dos
imperadores reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Os cristãos
recusavam-se a prestar tal adoração.
As reuniões
secretas dos cristãos despertaram suspeitas. De praticarem atos imorais e
criminosos, durante a celebração da Santa Ceia, eram vetada a entrada dos estranhos.
O
Cristianismo considerava todos os homens iguais. Não havia distinção entre seus
membros, nem em suas reuniões, por isso foram considerados como "
niveladores da sociedade ", portanto anarquistas, perturbadores da ordem
social.
Perseguição
sob Nero
Nero chegou
ao poder em 54, todos os que se opunham à sua vontade, ou morriam ou recebiam
ordens de se suicidar.
Assim estavam
as coisas quando em 64 AD aconteceu o incêndio em Roma. Diz-se que foi Nero,
quem ateou fogo à cidade, Contudo essa acusação ainda é discutível. Entretanto
a opinião pública responsabilizou Nero por esse crime. Afim de escapar dessa
responsabilidade, Nero apontou os cristãos como culpados do incêndio de Roma, e
moveu contra eles tremenda perseguição. O fogo durou seis dias e sete noites e
depois voltou a se acender em diversos lugares por mais três dias.
- Milhares de cristãos foram
torturados e mortos.
- Muitos serviram de iluminação
para a cidade, amarrados em postes e ateado fogo.
- Muito foram vestidos com peles
de animais e jogados para os cães.
- Nesta época morreram :
- Pedro - Crucificado em 67
- Paulo - Decapitado em 68
- Tiago - Apedrejado depois de
ser jogado do alto do templo
Além de matá-los fê-los servir
de diversão para o público.
A
Perseguição sob Domiciano
No ano 81
Domiciano sucedeu ao imperador Tito que invadira destruíra Jerusalém no ano 70.
Com a destruição de Jerusalém Domiciano ordenou que todos os judeus deviam
enviar à Roma as ofertas anuais, que eram enviadas a Jerusalém, estes, por sua
vez não obedeceram, o que desencadeou a segunda perseguição, não somente aos
judeus mas também aos cristãos.
Durante esses
dias milhares de cristão foram mortos, especialmente em Roma e em toda a
Itália. Nesta época o apóstolo João, que vivia em Éfeso, foi preso e exilado na
ilha de Patmos, foi quando recebeu a revelação do Apocalipse.
Promoveu uma perseguição muito severa em Roma e na
Ásia Menor, as duas onde o cristianismo
parece ter se expandido mais até então. Esta
perseguição parece ter acontecido um pouco antes da sua morte. Envolveu
a morte do cônsul Flávio Clemente e sua esposa Flávia Domitila.
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